Febraban dá dicas de como fugir dos golpes virtuais nas compras para os dias das mães
Quadrilhas aproveitam o aumento no volume de compras nesta época para roubar dados pessoais. A clonagem de contas de WhatsApp é um dos golpes que tem se tornado mais comum. Por meio dele, as pessoas são induzidas a realizarem transferências de dinheiro para a conta de terceiros
Data importante para o segmento varejista em decorrência do aumento expressivo das vendas, o período que antecede o Dia das Mães é uma oportunidade para quadrilhas especializadas aplicarem golpes. Os cuidados com o fornecimento de informações devem ser redobrados nesses períodos, mesmo em situações que não estejam relacionadas diretamente à compra de um produto.
Um golpe que vem fazendo muitas vítimas é o da clonagem de WhatsApp (veja mais informações abaixo). No entanto, ele não é o único ponto de atenção. Os criminosos aproveitam a grande quantidade de ofertas e a correria em busca de presentes para aplicar golpes que causam grande prejuízo. Sites e e-mails falsos, ligações e mensagens são algumas das artimanhas usadas pelos golpistas para enganar as pessoas e ter acesso a informações pessoais, como nome completo, CPF, número de cartões de crédito e dados bancários. Por isso, a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos sempre orienta a população a redobrar os cuidados nas compras feitas em sites de e-commerce neste período.
Para Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes, da FEBRABAN, é muito importante tomar cuidado com as informações compartilhadas, especialmente na internet. Ofertas tentadoras escondem, às vezes, links maliciosos que capturam dados pessoais. “Desconfie das promoções com preços muito menores que o valor real do produto. Os criminosos se utilizam da empolgação dos consumidores em fazer um grande negócio para aplicar golpes que geram grandes prejuízos.”
Como os golpes são realizados A pessoa recebe um e-mail ou mensagem com ofertas tentadoras. Ao clicar, ela é direcionada para um site falso. Acreditando ser uma página confiável, ela fornece dados sigilosos, como número de cartão de crédito e senhas. Com essas informações, os bandidos realizam transações, burlam bloqueios de segurança, desbloqueiam novos cartões e realizam a confirmação de dados pessoais da vítima.
Outro esquema muito utilizado pelas quadrilhas envolve aplicativos maliciosos. Mais uma vez, o golpe começa com o envio de um e-mail suspeito com um link. Ao clicar, um vírus se instala no dispositivo dando acesso total aos bandidos. Com essa técnica, comumente chamada de phishing, eles conseguem acessar dados como nomes de usuário e senhas e realizar transações.
Para evitar ser vítima destes tipos de fraudes é importante sempre verificar se o endereço da página é o correto. Uma forma de fazer isso é digitar a URL no navegador ao invés de clicar no link. Além disso, nunca acesse links ou anexos de e-mails suspeitos. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados.
Golpe do WhatsApp Os golpistas descobrem o número do celular e nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Essas informações podem ser encontradas facilmente em sites no qual o usuário cadastrou seus dados com visualização pública, tais como sites de vendas de produtos ou redes sociais.
Com o número do celular, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Porém, para concluir a operação é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.
Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.
Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular.
De posse da conta de WhatsApp, os golpistas enviam mensagens para os contatos da pessoa, se fazendo passar por ela, pedindo dinheiro emprestado para parentes e amigos do dono do número de telefone. Como geralmente a solicitação está ligada a uma emergência (acidente de carro, procedimento médico, etc), as pessoas transferem as quantias solicitadas para uma conta cujos dados foram fornecidos pela quadrilha sem desconfiar.
“Caso a pessoa receba uma mensagem pedindo dinheiro, recomendamos que ela ligue para quem está pedindo e confirme se a solicitação é verdadeira”, explica Volpini.
Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas” (Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas). Desta forma é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app.
Para reduzir os riscos de ser vítima dos golpistas, a FEBRABAN destaca as seguintes orientações:
• Tenha muito cuidado com e-mails de promoções que possuam links. Ao receber um e-mail não solicitado ou de um site no qual não esteja cadastrado para receber promoções, é importante verificar se realmente se trata de uma empresa idônea. Acesse o site digitando os dados no navegador e não clicando no link. • Ao utilizar sites de busca, verificar cuidadosamente o endereço (URL) para garantir que se trata do site que deseja acessar. Fraudadores utilizam-se de “links patrocinados” para ganhar visibilidade nos resultados de buscas. • Dar preferência aos sites conhecidos e verificar a reputação de sites não conhecidos, verificando os comentários de clientes que já utilizaram as plataformas. • Nunca utilize um computador público ou de um estranho para efetuar compras ou colocar seus dados bancários. • Sempre utilize, em seu computador ou smartphone, softwares e aplicativos originais e mantenha sempre um antivírus atualizado. • Não repasse nenhum código fornecido por SMS e nem qualquer outra informação sem confirmação com o setor responsável das empresas através dos canais de atendimento. • Como regra, as grandes empresas de compra e venda na internet não mantém contato com o cliente através de aplicativos de mensagens, portanto sempre desconfie.
Por Febraban